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Monsenhor Gregório Locks

  • Monsenhor Gregório Locks


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Biografia escrita pelo próprio Gregório Locks em 1985.

Nasci em São Ludgero, quando ainda fazia parte do município de Orleães, no sul de Santa Catarina, em 16/11/1914. Fui batizado na igreja matriz de São Ludgero em 17/11/1914. Meus pais eram Germano Locks e Isabel Hobold.

Nossa família, 05 homens, 06 mulheres. Os outros 10 casados, todos com numerosa prole. Tenho dois sobrinhos padres. Minha entrada na escola foi juntamente na paróquia de Santa Ana em São Ludgero, em fevereiro de 1921. Minha primeira comunhão ocorreu em 08/12/1924. Meu ingresso para o seminário foi em fevereiro de 1926, em São Leopoldo-RS. Tive que fazer 2 anos de preparação para o ginásio, pois a escola primaria em São Ludgero foi em alemão. A língua portuguesa me era quase completamente desconhecida. A viagem a São Leopoldo foi penosa, de navio, ainda não havia estradas. Em 1927, foi fundado o seminário de Azambuja, em Brusque.

Só voltei à casa paterna depois de 2 anos, com medo de enfrentar a viagem. Nas férias de 1928, encontrei-me com antigos colegas de escola, pioneiros de Azambuja: Afonso Niehues, Frederico Hobold, João Philippi, etc. Convidaram-me para ir a Azambuja. Encontrando-me com Dom Jaime, reitor, tudo estava acertado. Em fevereiro de 1928 fui a Azambuja, onde fiquei durante 8 anos, ate terminar a filosofia.

Em fevereiro de 1936, voltei a São Leopoldo, agora com mais 4 colegas de curso: Wilson Laus Schmidt, Frederico Hobold, Augusto Zucco e João Philippi. Terminamos a teologia em fins de 1939, sendo ordenados sacerdotes em 31/12/1939, pelo então arcebispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira.

Em São Bonifacio, fui coadjutor do Pe. Augusto Schwirling. A paróquia abrangia toda a região de Anitapolis. Sendo enormes as distancias, cedo assumi sozinho a região de Anitapolis, ficando ao cuidado do Pe. Augusto Schwirling as capelas do Capivari. Durante minha estadia em Anitapolis, foi construído, com grande dificuldade, um salão paroquial.

Em 1942, com a saída do Pe. Antonio Wollmeiner, fui encarregado também da paróquia de Rio Fortuna. Toda essa vasta região era percorrida no lombo do cavalo, pois as estradas eram precárias.
Em 1943, recebi a nomeação de vigário de Rio Fortuna, continuando ainda por algum tempo, a visitar o núcleo de Anitapolis. Em Rio Fortuna foi incrementada a vida religiosa, particularmente por meio do Apostolado da Oração, Congregação Mariana e Cruzada Eucarística, tanto na matriz como nas capelas. Ainda hoje, estão na memória de muitos as grandes concentrações marianas, realizadas na época. Foi terminada a nova Matriz, construído um salão paroquial, casa paroquial e a gruta de Nossa Senhora de Lurdes, que ate hoje continua a ser um centro de devoção mariana.

Em 1949, veio a transferência para a paróquia de Braço do Norte, onde também foi terminada a Matriz, ornada com vitrais artísticos, aquisição de um órgão “Bohn”. Foi terminado e aumentado o hospital da cidade, nova casa paroquial, salão, etc. A vida religiosa, com em Rio Fortuna, foi incrementada com as associações religiosas. A belíssima gruta do Azeiteiro tornou-se uma atração para grandes concentrações e mesmo uma atração turística.

Em 1959, fui transferido para o Seminário Diocesano de Tubarão, como reitor.

Em 1961, transferência para Caravaggio, tendo como trabalho na diocese: Obra das vocações, missões e pregação de retiros abertos. Em maio de 1962, participei em Roma, dum congresso internacional sobre vocações e tive ocasião de visitar a Terra Santa, Alemanha, Lourdes e Fatima.
Voltando, dediquei-me em Caravaggio a construção dum grande salão paroquial e logo em seguida, foi iniciado o Santuário Diocesano dedicado a Nossa Senhora de Caravaggio. Em 4 anos de luta estava pronto.

Recebi a transferencia para a recém criada paróquia de São João Batista, em São Bento Baixo. Tive que enfrentar novamente a construção da casa paroquial.

Finalmente, minha transferencia para Dom Joaquim, em começo de 1969. Tudo por fazer: igreja, casa paroquial, etc. Fui morar num quarto do salão paroquial. Logo se tratou de começar a casa paroquial. Em novembro, foi inaugurada por S. Excia. Dom Afonso.

O governo estadual, em tempo record, construiu um novo Grupo Escolar, da qual foi carinhosamente batizado com meu nome, por ter sido o primeiro vigário de Dom Joaquim.

Minha estadia em Dom Joaquim durou pouco. Já em começo de 1970, fui transferido a Camboriu, depois São João Batista e atualmente estou em Pinheral, município de Braço do Norte.


Complemento da biografia escrito por William Pianizzer:
Retornando à Diocese de Tubarão, com a anuência do Pároco de Rio Fortuna, Pe. Afonso Schlickmann, foi residir na comunidade de Pinheiral, lugar de bom clima, a 800 metros de altitude.

Assumiu em 21 de fevereiro de 1980 como vigário paroquial de São Marcos, Rio Fortuna, com residência em Pinheiral, Capela São Francisco Xavier.

Em 1985, durante sete meses, esteve ausente de Pinheiral. Passou este tempo em Alta Floresta, norte do Mato Grosso, ajudando o pároco a visitar 50 comunidades, durante a Quaresma. Em busca de clima seco, passou outros meses em Chapada dos Guimarães, cujo pároco era Pe. Gregório Michels, seu amigo da Diocese de Tubarão. No ano seguinte, acompanhado de Côn. Ludgero Waterkemper, visitou o Nordeste e Norte do Brasil, terminando o périplo em Belém do Pará.

Tempo alto de seu ministério foi a celebração de seu jubileu de ouro sacerdotal, reservando o ano de 1989 para reencontro com todas as comunidades e seminários onde trabalhou. Demonstrou grande resistência para Missas festivas e banquetes em todas as paróquias. Sempre bem acolhido, externava a alegria pelo trabalho feito e a ação de graças a Cristo sumo sacerdote, e pelo dom de ainda estar vivo, pois seus colegas de ordenação já tinham falecido.

Faleceu em 24/07/1994, vitima de infarto cardíaco, viveu 80 anos, dos quais 54 anos como sacerdote. Foi sepultado em São Ludgero, sua terra natal. 






Veja fotos onde essa personagem aparece:


Primeira Comunhão na igreja de Dom Joaquim em 1970

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Recepção do arcebispo Dom Afonso Niehues e do Prefeito Antônio Heil na inauguração da casa paroquial em Dom Joaquim, 1969.

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Prefeito Antônio Heil corta a fita simbólica na inauguração da casa paroquial em Dom Joaquim, 1969.

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Monsenhor Gregório Locks na missa inaugural da igreja de Dom Joaquim, em 1969.

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Inauguração da casa paroquial do bairro Dom Joaquim. Entre os presentes: na fila de trás, o quarto da esquerda para a direita, Augusto Ries e o...

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Inauguração do antigo Grupo Escolar Monsenhor Gregório Locks. Na foto estão o próprio Monsenhor, Repórter Jota Duarte, Deputado Dib Cherem,...

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Inauguração do antigo Grupo Escolar Monsenhor Gregório Locks. Ao microfone está Alexandre Merico e ao lado o Repórter Jota...

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Cerimônia da ordenação do Monsenhor Valentim Loch em 1945 Na procissão aparecem Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Mons. Guilherme Kleine, Mons....

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Cerimônia da ordenação do Monsenhor Valentim Loch em 1945 Na procissão aparecem Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Mons. Guilherme Kleine, Mons....

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Cerimônia da ordenação do Monsenhor Valentim Loch em 1945 Na procissão aparecem Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Mons. Guilherme Kleine, Mons....

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