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Eduardo von Buettner

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Fundador da Buettner S.A., a segunda grande empresa têxtil a se instalar em Brusque, no fim do século XIX.

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Texto sobre Eduardo Von Buettner, escrito por seu neto Edgar von Buettner, e publicado no livro São Pedro de Alcântara.

"O meu avô Eduard, com uma configuração mental de um puro e perfeito barão feudal, proprietário de muitas terras e serrarias, atafonas, alambiques, casa de farinha, torrefação de café e negociante de cavalos trazidos de Lages, no planalto catarinense, além de ser proprietário de uma das quatro grandes vendas em Brusque (Bauer – Buettner – Krieger – Renaux), não via com bons olhos o empreendimento industrial do seu filho primogênito, meu pai Edgar von Buettner. Por isso, não foi sócio da empresa “E. v. Buettner & Cia”, fundada no 2º semestre de 1900, que durante muitos anos, foi a única fábrica de bordados e rendas no Brasil. Esse lugar foi ocupado pela sua esposa, muito unida ao seu filho primogênito, que ela deu à luz, em 02 de junho de 1873, em São Pedro de Alcântara, para onde tinha sido levada por aquele que a tinha engravidado, para que ficasse longe dos olhos das meninas de boas famílias da sociedade blumenauense. Justamente ela que foi contratada como dama de compa-nhia (hoje ela seria cuidadora de idosos) para a já quase cega Condessa Konstancja, irmã da minha bisavó Marie Condessa Poninska, viúva de Eduard Friedrich Büttner, em Blumenau, provavelmente em 1866, residindo também na primeira escola para Meninas de Blumenau, criada pelo governo em 1865, e dirigida desde o começo pela professora Apollonia von Buettner, (irmã de Eduard), localizada no início da rua conhecida na época por Kaiserstrasse (Rua do Imperador) – hoje Alameda Rio Branco, mesmo lugar onde se ergueu o prédio da agência dos Correios e Telégrafos (MOERS, 1962, p. 169). Meu avô Eduard somente se casou com a minha avó Albertina depois de nascer a sua primeira filha, Konstancia Alice Maria, apelidada “Mimi”, com uma celebração tipo “dois em um”: batismo e casamento. Entre a fecundação de Edgar von Buettner e de Konstancia até o casamento, Eduard necessitou de seis anos para – finalmente – tomar a decisão de se casar com uma “suposta plebeia”. (pgs 419 e 420)."

Observação: Este artigo faz parte do livro (Volume I e II), São Pedro de Alcântara, páginas de sua história. Organizado por Toni Jochem e Daniel Silveira. – Santa Catarina: Casa da Cultura de São Pedro de Alcântara, 2020. ISBN: 978-65-991691-0-6 / CDU: 981.64 (SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA)




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