Com o imigrante alemão veio o gosto pela cerveja. No ano de 1862, já existiam duas cervejarias na Colônia Itajahy e em 1863, esse número já tinha crescido para quatro.
Quando citava as cervejarias, o Barão tratava de assinalar “espécie de limonada” para referir-se aos produtos. O relatório aponta a produção de 5 mil garrafas, porém não informa se a produção é anual ou mensal, e se já não bastasse a produção local, a importação do produto em 1863 alcançou a quantidade de 74 dúzias de “cervejas inglesas”.
As cervejarias que marcaram a história brusquense foram: Cervejaria de Wilhelm Thies, Cervejaria Kormann, Cervejaria Lauritzen, Cervejaria Klappoth e a Henrique Appel e Irmãos.
Na foto, a moradia e fábrica de Cerveja de Nicolau Lauritzen, localizadas na estrada que segue para o bairro Guarani. À esquerda, a residência e, à direita, a fábrica. (Foto SAB)
Cervejaria de Friedrich Wilhelm Thies, que aqui aparece montado no cavalo.
Sua cervejaria estava localizada na Sede da Colônia, próximo da esquina da atual rua Rui Barbosa com a Hercílio Luz.
Do morro localizado atrás brotava uma nascente que abastecia a cervejaria e as casas próximas. (Foto SAB)
A Cerveja Brusquense, produzida pela cervejaria Henrique Appel e Irmãos, uma das marcas fabricadas em Brusque.(Foto SAB)
Rótulo da cerveja brusquense “Marca Brasil” produzida pela cervejaria de Nicolau Lauritzen. (Foto SAB)
Rótulo de cerveja preta Loewenbrau, da cervejaria de Nicolau Lauritzen, de Brusque. (Foto SAB)
Rótulo de garrafa de 'gazoza', da fábrica de Nicolau Lauritzen, de Brusque. (Foto SAB)
Nicolau Lauritzen assumiu a superintendência do município temporariamente nos anos de 1903, 1904 e 1906. Em 1903, quando esteve no cargo de superintendente (prefeito) assinou a Lei Orgânica do Município, um grande avanço para a época. No ano de 1898, recebeu o título de Tenente Coronel da Guarda Nacional, alcançando posição de destaque na sociedade brusquense. Era também fabricante de cervejas.
Receita de Cerveja de Mel (Honigbier)
Ingredientes
1 quilo de mel
5 litros de água
1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
1 colher (sobremesa) de fermento biológico
Preparo:
Misturar os ingredientes e deixar dois dias em repouso em recipiente sem mexer.
Engarrafar e deixar mais três dias em repouso.
Fechar as garrafas com rolha, amarrando-as com barbante para que as rolhas não soltem com o gás produzido durante a fermentação.
Guardar na geladeira.
Retirada da Revista Notícias de Vicente Só nº 30,p. 257.
Garrafa com clica, utilizada pelas cervejarias de antigamente.
No lugar da “tampinha”, usava-se uma clica, que com a pressão interna era empurrada para fora, vedando a garrafa. (Acervo SAB)
Hoje, a produção artesanal de cervejas vem crescendo em Brusque, agradando consumidores e mantendo viva a tradição.
Texto adaptado do Colecionável de 152 Anos da História de Brusque, produzido pelo Jornal O Município em 2012, de autoria do historiador Robson Gallassini.