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A Figueira do Archer, a queridinha dos brusquenses

Há mais de 80 anos, quando as estradas ainda eram de chão batido e as carroças dominavam o trânsito, a grande figueira que marca o cruzamento entre as avenidas Getúlio Vargas e Dom Joaquim e as ruas Azambuja, Gustavo Richardt e Augusto Maluche, já estava lá.

A Figueira do Archer, como é popularmente chamada, já virou um símbolo de Brusque e um dos pontos de referência mais conhecidos da cidade. A árvore foi plantada no local em fevereiro de 1930, por Antônio Nicolau Maluche, na companhia de seu primogênito, Winiton Maluche.

De lá para cá, muita coisa mudou. As ruas foram asfaltadas, as carroças foram substituídas por carros modernos e o movimento naquela região cresceu consideravelmente. A figueira, entretanto, permanece intacta.

Carlos Maluche, 65 anos, filho de Winiton e neto de Antônio, conta que a árvore foi plantada naquele local com o objetivo de dar mais fluidez para o trânsito da época. “Foi uma forma que ele encontrou de direcionar o trânsito. Como na época não havia sinaleira, ele achou por bem colocar a figueira”, diz.

Maluche destaca que naquela época, toda aquela área fazia parte da fazenda de Antônio, a popular Fazenda Maluche. Com o passar do tempo, ele foi vendendo os lotes para amigos e conhecidos e a região foi povoada mais rapidamente. “Ali onde está a figueira era praticamente a porteira da fazenda”.

A data do plantio da árvore – 5 de fevereiro de 1930 – também foi marcada pelo aniversário de 10 anos de Winiton. “Ele plantou naquele dia, não sei se por coincidência ou como uma forma de homenagear o meu pai pelo aniversário de 10 anos dele”, diz.

A árvore tem um significado muito especial para a família Maluche. “É um marco não só para nossa família, mas para Brusque. Meu pai sempre foi muito cuidadoso com a natureza e sentia orgulho da figueira”.

Monumento comemorativo
Aos pés da figueira, foi fixado o monumento comemorativo aos 75 anos de fundação da Colônia de Brusque, em 1935. Em meio à grandeza da árvore, hoje, o monumento quase passa despercebido.

Figueira do Bandeirante

Figueira do Bandeirante

Outra figueira que desperta lembranças dos brusquenses é a que existia onde hoje é a praça Vicente Só, nas proximidades da Sociedade Esportiva Bandeirante. Não há registros de quando a árvore foi plantada, entretanto, as lembranças de muitos que viveram na época em que ela chamava a atenção por sua beleza e grandeza ainda estão vivas na memória.

Há muitos relatos de piqueniques à sombra da figueira, brincadeiras nas proximidades e até histórias mal assombradas. Infelizmente, a árvore não resistiu a ação do tempo e secou. Hoje, o local conta com outras duas figueiras e as esculturas que representam a chegada dos imigrantes à região.

  

Texto publicado no jornal O Município. Clique aqui.

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